O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira um estudo sobre desenvolvimento sustentável no Brasil que mostra que a qualidade do ar melhorou no país, mas que continuam intensos o desflorestamento e o uso de fertilizantes e agrotóxicos.

De acordo com a publicação Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2004, o Brasil vem reduzindo rapidamente o consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio, superando, inclusive, as metas estabelecidas pelo Protocolo de Montreal. Já as queimadas e incêndios florestais continuam sem controle, com tendência de aumento. Em 2003, foram detectados por satélite, em todas as regiões do país, quase 213 mil focos de calor.

Esta segunda edição do estudo ? o primeiro foi publicado em 2002 – também tem informações nas áreas social, econômica e institucional. Mostra que caiu o número de internações por doenças relacionadas à falta de saneamento básico, enquanto continua a crescer o número de vítimas de homicídios e acidentes de trânsito. Outro indicador que merece destaque é o que retrata que a população indígena passou de 294 mil habitantes em 1991 para 734 mil em 2000.

Os dados sobre energia nuclear mostram que o Brasil ainda não tem depósitos definitivos para o lixo nuclear e que os estoques de rejeitos continuam a crescer. O indicador sobre gastos com pesquisa e desenvolvimento mostra queda no volume de recursos do governo federal aplicados na área.

Ao todo, são 59 indicadores sobre a sustentabilidade do modelo de desenvolvimento brasileiro nas áreas ambiental, social, econômica e institucional.
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