IBGE: mortalidade infantil deve cair a 11,53/mil até 2030

Em 2030, todos os Estados das regiões Sudeste, Sul e mais os Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul apresentarão taxas de mortalidade infantil inferiores ou iguais a 10 por mil, ou dez óbitos de menores de um ano para cada mil nascidos vivos. A taxa média do Brasil será de 11,53 por mil, segundo o estudo Indicadores Sociodemográficos Prospectivos para o Brasil 1991-2030, projeto do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta quinta-feira (14).

As taxas projetadas serão bem inferiores às apuradas em 2005 que no caso do Brasil, era de 25,88 por mil e na região Sudeste atingia 18,90 por mil. A taxa média de mortalidade projetada para o País em 2030 garante, ao menos se considerada a média nacional, o cumprimento do Quarto Objetivo do Milênio, que tem como meta a redução em dois terços, até 2015, da mortalidade na infância verificada ao começo da década de 1990.

De acordo com o estudo, a taxa de mortalidade infantil do Brasil em 2005 coloca o País na 98º posição no ranking dos países ou áreas com as mais baixas taxas estimadas pelas Nações Unidas. Neste caso, a Islândia e o Japão lideram a lista, com taxa de 3 2 por mil. Em 2000, o Brasil, com o indicador estimado em 30,43 por mil, ocupava o 100º lugar.

Segundo a pesquisa, apesar do Brasil ter melhorado duas posições no ranking, países como Chile, Cuba e Porto Rico, "apenas para ilustrar o contexto latino-americano e caribenho", já apresentam nesta primeira década do século 21 taxas inferiores a este valor.

Fecundidade

Em 2030, segundo o estudo, mais de 95% da fecundidade feminina no País estará concentrada entre os 15 e os 34 anos de idade. A pesquisa mostra também que a taxa de fecundidade na média do País cairá para 1,59 filho por mulher em 2030, ante 2,02 filhos por mulher em 2005 e 2,41 filhos por mulher em 2000.

As mais baixas taxas de fecundidade em 2030 estarão concentradas nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, variando entre 1,20 filho por mulher (Rio de Janeiro), e 1,72 filho por mulher (Espírito Santo). Os mais elevados estarão na Região Norte, com destaque para Amapá (2,75 filhos por mulher), Roraima (2,73) e Acre (2,06), Os Estados do Ceará e Pará deverão possuir as mais reduzidas taxas de fecundidade das Regiões Nordeste e Norte (1 75 filho por mulher).

Em São Paulo, a taxa de fecundidade será de 1,35 filho por mulher em 2030, com redução em relação a taxa de 2,11 apresentada em 2000 e de 2,11 registrada em 2005.

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