O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) modificou a forma como será calculado o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (soma de tudo o que é produzido no país). O indicador é divulgado a cada três meses e começou a ser calculado na década de 1950. A última revisão de seu cálculo aconteceu em 1997.
Entre as mudanças está o uso de informações anuais da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, que serão repassadas ao instituto pela Receita Federal. De acordo com o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, isso possibilitará ampliar as fontes de informação, permitindo, por exemplo, medir o peso das instituições sem fins lucrativos na economia.
Outra novidade será o uso de informações das quatro pesquisas anuais setoriais realizadas pelo IBGE: indústria, comércio, serviços e construção civil. Além disso, o IBGE aumentará o número de atividades econômicas analisadas, que passarão de 43 para 149. O número de produtos avaliados também será ampliado de 80 para 293.
Olinto destacou que as mudanças deverão melhorar a análise sobre o desempenho da economia brasileira. Há uma mudança que é fundamental, que é o alargamento da base de dados. Você está trabalhando não só com uma base de dados como também de forma integrada s pesquisas (do IBGE). Então, as contas nacionais passam a constituir um sistema de informação que tem uma integração desde a pesquisa básica, que vai nas empresas (coletar dados), até o seu reflexo final nas contas nacionais, explicou.
Outras mudanças são o aperfeiçoamento das contas de governo e do setor financeiro. O IBGE utilizará a nova metodologia de cálculo do PIB para corrigir os índices de 1995 a 2005, que serão divulgados no próximo dia 21. No dia 28 de março, será a vez de divulgar novamente o PIB de 2006 já de acordo com o novo cálculo.