A indústria sofreu transformações estruturais importantes de 1996 a 2005, segundo a Pesquisa Industrial Anual (PIA) relativa a 2005, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto o segmento de alimentos elevou a sua participação no total de pessoas ocupadas na indústria geral de 15,8%, em 1996, para 18,5%, em 2005, a indústria têxtil reduziu a fatia no total de empregados do setor de 5,8% para 4 2% no período.
Além de alimentos, os destaques de ganhos de participação na ocupação ficaram com calçados e artigos de couro (5,4% em 1996 para 6,1% em 2005) e outros equipamentos de transporte (0,8% para 1,4%).
Por sua vez, os destaques de queda entre 1996 e 2005 foram, além da indústria têxtil, os segmentos de refino de petróleo e produção de álcool (2,6% para 1,5%) e edição e impressão (3,8% para 3,1%).
Segundo o documento do IBGE, a maior perda no setor de petróleo ocorreu entre 1996 e 2000 e o setor continuava, em 2005, no primeiro lugar do ranking de empregadores, com a maior relação entre pessoal ocupado por empresa.
A pesquisa mostra que, em 2005, 147.400 empresas industriais empregavam cerca de 6,4 milhões de pessoas, sendo que 3,8 milhões (59,6%) dos empregados trabalhavam para as pequenas (de 5 e 99 trabalhadores) e médias (de 100 a 499 trabalhadores) empresas.