Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2006 calculados com a nova série metodológica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o crédito teve uma importância maior para o desempenho da economia, no ano passado, do que a apurada anteriormente. Segundo observou a gerente de contas trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, o novo cálculo captou melhor o efeito do crédito.

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Os reflexos da expansão do crédito ficaram claros no subsetor de intermediação financeira e também nos grandes componentes do PIB como o setor de Serviços, o consumo das famílias e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF).

Rebeca explica que a nova contabilidade no desempenho dos aluguéis, do setor financeiro e da administração pública foi a principal responsável pela elevação do PIB do setor de Serviços em 2006 com a introdução da nova série, de 2,4% divulgados anteriormente para 3,7% apresentados hoje.

O avanço maior dos serviços foi o principal motivo para a revisão, para cima, no PIB do ano passado, de 2,9% para 3,7%, já que as mudanças no cálculo deste setor refletiram-se também no consumo do governo, consumo das famílias e investimentos.

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E o setor financeiro teve um papel fundamental na mudança. Com a expansão do crédito no ano passado mostrada de forma mais eficiente na nova metodologia do PIB, o subsetor de intermediação financeira teve o crescimento em 2006 revisado de 2,6% para 6,3%. "Acreditávamos que a intermediação financeira crescia de acordo com o crescimento da economia, mas vimos que cresceu bem acima, por causa do volume do crédito", disse Rebeca.

Além disso, a participação do subsetor de intermediação financeira no PIB cresceu de 5,8% em 2004 para 6,8% em 2005 e 7 1% em 2006. A participação deste subsetor no setor de serviços passou de 10,7% para 11,1%.

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