As vendas do comércio varejista no Paraná cresceram 10,4% em março em comparação com o mesmo mês do ano passado, apontou nesta quarta-feira (16) a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice paranaense é o quarto do país – superado por São Paulo (13,9%), Rio de Janeiro (6,9%) e Minas Gerais (9%) ? dentro da classificação dos Estados que apresentam maior peso na média nacional.
Entre os Estados com maiores elevações, figuram Alagoas (29%), Ceará (21,1%) e Maranhão (20,6%). A pesquisa aponta ainda, uma alta de 11,5% no comércio no Brasil, com alta em todos os 27 estados durante o período. Desde janeiro deste ano, o Paraná apresenta crescimento de 8,9% e alta 5,4% no acumulado dos últimos 12 meses.
Já nos resultados das vendas de março em relação a fevereiro deste ano, com ajuste sazonal, o Paraná teve alta de 0,9% no período entre 18 estados brasileiros que apresentaram alta. O Estado foi o único a obter dados positivos na Região Sul. O Rio Grande do Sul apresentou taxa de -0,7% e Santa Catarina de -2,2%, estado que registrou uma das maiores quedas nacionais.
Segundo o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, a pesquisa comprova o fortalecimento do comércio varejista paranaense. ?Basta somar o alto volume de crédito na praça com estabilidade dos preços que o consumidor perceberá que está comprando mais e melhor?, analisa.
Programas de geração de emprego e renda do governo estadual também são sentidos diretamente no comércio local, completa Moreira Filho. ?Maior poder de compra à população permite resultado direto para os comerciantes.?
Para o economista de serviço e comércio do IBGE, Reinaldo Pereira, a quarta colocação paranaense no ranking das maiores contribuições positivas da pesquisa é a somatória da receita. ?O peso muda a cada mês com as pesquisas que o próprio IBGE realiza. O Paraná apresenta um peso razoável e é um estado importante em comparação com outros?, explica.
Setores
As vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação cresceram 33,2% em março de 2007 na comparação com o mesmo mês de 2006, e lideram o bom desempenho paranaense.
Em seguida, aparecem material de construção (23,7%), combustíveis e lubrificantes (20%), artigos de uso pessoal e doméstico (12,2%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (11,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (9,6%), automóveis, motocicletas e peças com (9,6%), tecidos, vestuário e calçados (+8,8%) e móveis e eletrodomésticos (2,5%).
Apenas artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos registraram baixa na comparação entre janeiro de 2007 e 2006 (-0,3%). A receita nominal das vendas no estado cresceu 10,3% entre o mês de março de 2007 e o mesmo período do ano anterior (alta de 11,6% no país). No acumulado ano, o Paraná registra acréscimo de 8,6%, contra 9,8% do Brasil e chega a 6,4% nos últimos 12 meses. O Brasil registrou no mesmo período alta de 7,7%.
Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Rondônia (49,2%); Acre (35%); Pará (34,9%); Amapá (32,0%) e Roraima (25,7%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (13,4%); Rio de Janeiro (10,0%); Minas Gerais (11,9%); Paraná (11,1%) e Santa Catarina (12,7%).
O indicador acumulado de 12 meses aponta crescimento de 7,9% no Paraná e 8,2% no Brasil. Durante o ano, o Estado ficou com 11,7% e o país com 11,8%.
A receita nominal de vendas no comércio varejista ampliado subiu 11,2% no Paraná, ante 12,8% no Brasil, em março, na comparação com o mesmo mês de 2006. Desde janeiro, o Paraná conta com alta 11,2%, (11,3% Brasil) e na série de 12 meses, o Paraná teve crescimento de 8,9%, enquanto a média nacional ficou com 8,5%.