A cultura figura com destaque entre as despesas das famílias brasileiras. Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente a 2003, que mapeou a economia da cultura no País, mostra que as famílias gastavam, em média, naquele ano, cerca de 7% do seu orçamento em produtos culturais, quando são considerados os gastos em telefonia (que incluem telefone fixo, celular e internet) e, desse modo, a cultura ficava no quarto lugar no ranking das despesas familiares.
Excluídos os gastos com telefonia, porém, as despesas com cultura caem para o sexto lugar e o consumo com cultura representa 4,4% do total de despesas. Os gastos familiares mensais com cultura, incluindo a telefonia, é de R$ 115,50. Mas, desse total, a telefonia representa quase a metade, ou R$ 50,97. Sem ela, o total de despesas culturais cai para R$ 64,53.
Além da telefonia, os outros dois grupos de maior peso na composição da despesa média familiar com cultura em 2003 eram aquisição de eletrodomésticos ligados à atividade cultural (TV, vídeo, rádio, computador) e atividades de cultura, lazer e festas.
Se computados os gastos com telefonia, as despesas com cultura perdem no orçamento familiar, apenas, para habitação, alimentação e transporte. Mas descontada a telefonia, estão à frente da cultura, também, a assistência à saúde e o vestuário. Mas a educação vem depois, no sétimo lugar no ranking das despesas, com R$ 51,09.