A expectativa de vida ao nascer dos brasileiros em 2030 será de 78,3 anos, segundo mostra o estudo Indicadores Sociodemográficos Prospectivos para o Brasil 1991-2030, projeto inédito do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (ONU), divulgado hoje. Em 2005, a expectativa média de vida ao nascer no País era de 72,05 anos. A expectativa em 2030, segundo o estudo, refletirá a realidade dos estados de maior desenvolvimento econômico e social
Enquanto os Estados do Maranhão (75,70) e Alagoas (75,16) possuirão esperanças de vida ao nascer de pouco mais de 75 anos, em Santa Catarina (79,76), no Distrito Federal (79,63) e no Rio Grande do Sul (79,59) as respectivas vidas médias ao nascer projetadas ultrapassarão os 79,50 anos. Em São Paulo, a esperança de vida ao nascer, em 2030, será de 79,41 anos.
As taxas de mortalidade infantil médias para os Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal estarão em torno de 8 por mil (oito mortos até um ano de idade para cada mil nascidos vivos) em 2030, contrastando com as projetadas para Maranhão e Alagoas, respectivamente, 16,10 por mil e 19,40 por mil. Em São Paulo, a taxa de mortalidade infantil média atingirá 7,8 por mil.
O estudo mostra também que, ainda que apontando para uma diminuição, as diferenças entre as vidas médias ao nascer de homens e mulheres – em favor do sexo feminino – permanecerão relativamente elevadas até 2030, como mostram os resultados para as seguintes unidades da federação: Amapá (7,29 anos a mais de vida para as mulheres em relação aos homens), Maranhão (7,38 anos), Ceará (7,64 anos), Rio Grande do Norte (7,17 anos), Alagoas (7,50 anos), Rio de Janeiro (7,46 anos) e São Paulo (7 21 anos).
Segundo avaliam os técnicos responsáveis pelo estudo no documento de divulgação, os aumentos nas esperanças de vida ao nascer da população residente em Estados como Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, "poderiam ter sido mais animadores, se não fosse a incidência de elevadas taxas de mortalidade por causas externas sobre o segmento populacional composto por jovens e adultos jovens do sexo masculino".