O Brasil urbano ganhou por ano, na última década, em torno de 1 milhão e 350 mil novos domicílios. Os 31,4 milhões existentes em 1995 pularam para 44,9 milhões: 84,5% das residências do País estão concentradas nas cidades. A melhoria nos serviços públicos porém, não acompanha o ritmo de crescimento. Muitos brasileiros ainda vivem em moradias sem infra-estrutura básica. Apenas 66,2% têm rede coletora de esgoto sanitário, proporção que sobe para 89,3% no Rio e 88,9% em São Paulo e Porto Alegre.
No Brasil rural e urbano, o saneamento completo (abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo) existe em 61,1% dos domicílios, com diferenças regionais absurdas. No Norte, a proporção cai para 8,8%, contrastando com os 83,4% do Sudeste. No Recife, 24,9% das moradias com renda média mensal per capita de até 1/2 salário mínimo dispõem do serviço. Com mais de 5 salários, salta para 73,9%. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).