A coordenadora de índices de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos, disse que "não há pressões fortes" para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio. Nesta sexta, o IBGE divulgou que a inflação medida pelo índice em abril ficou em 0,25%, ante 0,37% em março. O indicador é usado pelo governo para balizar a meta oficial de inflação.
Segundo Eulina, os impactos já conhecidos para o IPCA de maio são o reajuste de ônibus urbano em Curitiba (5,6% a partir de 26 de abril), além de continuidade dos efeitos dos reajustes dos medicamentos – refletindo ainda o reajuste concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 31 de março – e dos cigarros. Conforme ela, haverá pressões de reajustes de energia elétrica em Recife e Salvador, mas elas serão compensadas e neutralizadas pela redução de 10% em Fortaleza, onde ocorreu revisão tarifária.
Os combustíveis responderam pela maior contribuição (0,06 ponto porcentual) do IPCA de abril (0,25%), segundo explicou a coordenadora. O álcool combustível teve reajuste de 7,34% no mês (com participação de 0,03 pp para a taxa) e a gasolina, de 0,66% (também com 0,03 pp).
O principal impacto individual no IPCA do mês foi dado pela batata inglesa, que subiu 36,41% e contribuiu com 0,05 ponto para o índice.
Apesar da estabilidade no grupo dos produtos alimentícios em abril (0,03%), houve reajustes, além da batata, em produtos como o leite (4,15%) e a farinha de mandioca (3,63%).