Rio de Janeiro – A capacidade de financiamento da economia nacional no segundo trimestre deste ano ficou em R$ 3,1 bilhões. O resultado aponta uma redução de R$ 2,8 bilhões na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a economista Maria Laura Muanis, do IBGE, esse recuo poderia ter sido ainda mais intenso se o Brasil não tivesse reduzido o estoque da dívida externa, que trouxe como conseqüência a diminuição do pagamento líquido de juros em R$ 3,5 bilhões.
?Tivemos uma redução da renda de propriedade enviada ao resto do mundo (juros), principalmente por causa da quitação da dívida com o Fundo Monetário Internacional. Isso beneficiou, por um lado, mas tivemos, por outro lado, uma redução de R$ 4,3 bilhões no saldo externo de bens e serviços, influenciado principalmente pela apreciação da moeda nacional e por outros fatores como a greve da Receita Federal?, explicou.
O saldo externo de bens e serviços, diferença entre as importações e exportações, passou de um superávit de R$ 20,9 bilhões no segundo trimestre de 2005 para R$ 16,6 bilhões no mesmo período deste ano.
A capacidade de financiamento acumulada no semestre totalizou R$ 6,6 bilhões contra R$ 13,1 bilhões no primeiro semestre do ano passado.
