IBGE aponta crescimento industrial em sete regiões e queda em outras sete

Rio de Janeiro – A indústria cresceu em sete das 14 regiões avaliadas pela última Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (10), e teve retração nas outras sete.

Todos os locais com crescimento apresentaram taxa maior ou igual à média nacional de 0,3%, divulgada na semana passada. O dado mais significativo no quadro nacional ficou com o estado São Paulo, que teve aumento de 2,3% no mês de fevereiro em comparação com janeiro. São Paulo responde por 40% da produção do país.

Segundo a gerente da pesquisa, Isabella Nunes, o desempenho paulista foi um reflexo do fim das paralisações em refinarias ocorridas em janeiro. "A normalização das atividades em fevereiro traz um resultado positivo para a indústria nacional, o que se confirma regionalmente principalmente em São Paulo, que concentra 45% da produção de refino de petróleo do Brasil".

Em termos percentuais, a ordem de crescimento foi: Ceará (3,8%), Paraná (2,6%), São Paulo (2,3%), Rio Grande do Sul (2%), Espírito Santo (1,3%), Santa Catarina (1,1%) e Pernambuco (0,6%).

Apresentaram taxas negativas: Goiás (-10,1%), Amazonas (-6,7%), Bahia (-6%),  Rio de Janeiro (-5,4%), Pará (-3,7%), Minas Gerais (-0,7%) e a Região Nordeste (-0,4%).

No Rio de Janeiro, por exemplo, o principal motivo da retração foi a queda de 2,4% na indústria de transformação, com ênfase na farmacêutica (-38,2%), devido à concessão de férias coletivas em grandes empresas do setor, explicou Isabella Nunes.

Numa análise mais ampla, minimizando efeitos pontuais, a indústria brasileira cresceu 2,7% no acumulado das médias trimestrais de janeiro de 2006 a fevereiro deste ano.

Os destaques foram Espírito Santo (6,5%), Goiás e Pará (ambos com 6,4%). São "grandes produtores de commodities, como petróleo, minério de ferro e soja", explicou a gerente. Já o Paraná, que também cresceu 6,4%, é "forte em bens de capital como máquinas agrícolas".

O pior desempenho foi o do Amazonas (-5%).  "Como esse estado é um grande exportador de aparelhos, como telefones celulares, vem perdendo com a valorização do real", avaliou Nunes.

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