Foto Chuniti Kawamura |
O superintendente do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do Paraná Marino Elígio Gonçalves vai apresentar o relatório sobre as conseqüências do vazamento de óleo do navio chileno Vicuña, que explodiu no Porto de Paranaguá na última segunda-feira, ao presidente do Ibama, Marcos Barros, e aos participantes do encontro nacional de dirigentes do órgão, que acontece no Instituto Israel Pinheiro, em Brasília. Ele pretende também mostrar o relatório à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Segundo o superintendente, a notícia positiva é que a mancha de óleo diminuiu consideravelmente. Para ele, isso é fruto das multas aplicadas aos responsáveis pelo navio, como seguradora, armador, agência marítima e empresa compradora. Foram aplicadas multas diárias no valor de R$ 250 mil a cada um deles por conta do não cumprimento das exigências do Ibama e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
"Isto acontecerá até que as exigências sejam cumpridas, incluindo o estancar da fonte contaminante, que é o navio. Depois da multa, os donos se empenharam mais. Antes era um ?empurra-empurra? da culpa", contou.
Marino acrescenta que somente após a conclusão do laudo técnico será possível aferir o impacto do vazamento no meio ambiente para então aplicar a multa, que pode chegar a R$ 50 milhões.
De acordo com ele, num raio de trinta quilômetros de extensão, foram atingidos áreas de mangue, praias, ilhas, costões rochosos e rios. Ele informa ainda que a contenção do óleo é quase total e que são realizados diariamente sobrevôos para monitorar a área afetada. O superindente avalia que, mesmo com o fim aparente da mancha, a idéia é exigir dos responsáveis pelo acidente o monitoramento obrigatório da região durante cinco anos.