As mudanças feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devem deixar o órgão acéfalo a partir de hoje. Seis dos sete diretores decidiram sair, num gesto de solidariedade a Marcus Barros, cujo afastamento da presidência do órgão foi decidido pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O único diretor que deve permanecer é o de Fiscalização, Flávio Montiel.

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Medida Provisória editada sexta-feira dividiu o Ibama em dois, com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade. Como as mudanças foram feitas a toque de caixa, pegaram todo mundo de surpresa e a confusão é grande. Na mesma sexta-feira, em assembléia, os 7 mil servidores do Ibama resolveram decretar estado de greve por tempo indeterminado. Várias manifestações estão programadas para os próximos dias e os servidores não descartam a possibilidade de uma greve geral.

De acordo com informações do Ibama, vão deixar seus cargos os diretores Luiz Felipe Kunz (Licenciamento), Márcio Freitas (Qualidade Ambiental), Rômulo Melo (Fauna e Recursos Pesqueiros) Luiz Carlos Hummel (Florestas), Paulo Oliveira (Socioambiental) e Marcelo Françozo (Ecossistemas). As baixas no Ibama acontecem num momento em que Marina encontra dificuldades para preencher os cargos que vagaram. Para presidir o Ibama, o nome preferido da ministra é o do atual diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda. Para outros cargos, Marina e sua equipe teriam passado o fim de semana analisando currículos, para que os convites possam ser feitos.

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