O Amazonas tem hoje 14 milhões de hectares de áreas protegidas através de unidades de conservação federais. Os dados são do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Segundo o Ibama, mais 15 unidades de conservação em estudo: a Reserva Extrativista (Resex) do Igarapé Preto-Simpatia, em Eirunepé; a Resex do Toma Cuidado, a Resex Novo Axioma e a Resex Arapixi, em Boca do Acre; a Resex Pauini, em Pauini, a Resex Médio Purus e a Resex Rio Tucuxi, em Lábrea; a Resex Rio Ariupuanã, em Apuí, Manicoré e Novo Aripuanã; a Resex do Rio Sucunduri, em Apuí; a Resex do Rio Sucunduri II, em Borba; a Floresta Nacional (Flona) de Acari, em Apuí; o Parque Nacional (Parna) de Maués, em Maués; a Reserva Biológica (Rebio) Campos Amazônicos e a Rebio Manicoré, em Manicoré; e a Rebio Rio Madeira, em Borba.
"Juntas, elas somam novos 9 milhões de hectares de áreas protegidas", informou o diretor regional do Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentado das Populações Tradicionais (CNPT) do Ibama, Leonardo Pacheco.
Ele disse que a criação de unidades de conservação é um passo importante para combater a grilagem e o desmatamento. "Nas unidades de uso sustentável, trabalha-se também para melhorar a qualidade de vida das populações que lá habitam. Para isso, existem etapas importantes na implementação das unidades, como a criação do Plano de Manejo e dos Conselhos Consultivo e Deliberativo", explicou.
Leonardo reconheceu, porém, que ainda há muitos obstáculos na efetivação do uso sustentável e economicamente rentável da floresta. Segundo dados fornecidos pelo gerente-executivo do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira dos Santos, o estado atualmente só tem dois planos de Manejo Florestal Comunitário aprovados.
As reservas extrativistas e as florestas nacionais são unidades de conservação de uso sustentável, que permitem a existência de moradores e o uso econômico regulado de seus recursos naturais – em atividades como o agroextrativismo. As reservas biológicas e os parques nacionais são unidades de proteção integral, nas quais a presença humana e o aproveitamento econômico das riquezas são bem mais restritos.