Nani Gois

14 mil sacas de grãos permanecem retidos em uma cooperativa,
em Medianeira.

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A comercialização da soja transgênica apreendida durante a Operação Parque Livre, realizada no  mês de fevereiro, no Paraná, está autorizada desde a semana passada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

No entanto, até hoje (2), os grãos (cerca de 14 mil sacas) permanecem na Cooperativa Agroindustrial Lar em Medianeira. Os agricultores querem a intermediação da cooperativa para vender a soja.

Segundo o superintendente  substituto do Ibama no Paraná, Hélio Sydol, o plantio  nas 13 lavouras onde a soja foi apreendida continua proibido. Apenas o lote de fevereiro foi liberado porque o Ibama entendeu que os grãos já não representam risco de contaminação para o meio ambiente.

A  apreensão desse produto foi realizada pelo Ibama após denúncias  da organização não-governamental Terra de Direito de que agricultores paranaenses estariam plantando soja geneticamente modificada na Zona de Amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu (Oeste do Paraná).

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A legislação brasileira proíbe o plantio de sementes modificadas geneticamente em terras indígenas, unidades de conservação e as respectivas zonas de amortecimento.

De acordo com o assessor jurídico da cooperativa, Ignis Cardoso dos Santos, ainda existem ações tramitando na Justiça, onde a maioria dos  agricultores recorreu das multas, calculadas em R$ 1 mil  por hectare plantado. Eles alegam que o plantio não feito em área proibida e que a zona de amortecimento não existe na região à beira do parque.

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?Tendo em vista a Lei 9.985 de 2000, que instituiu o Snuc [Sistema Nacional de Unidades de Conservação], para existir a zona de amortecimento é preciso haver estudo de manejo e envolvimento da comunidade que será atingida. E isso quem vai definir é o Parque Nacional do Iguaçu, ou seja, ainda não existe?, argumenta o assessor.