Técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) atenderam na noite da última quinta-feira (07) uma denúncia sobre a presença de substância perigosa nas águas do Rio Iguaçu, próximo à Estação de Tratamento de Água da Sanepar – situada entre os municípios de Curitiba e São José dos Pinhais.
A equipe percorreu o rio e coletou amostras do produto derramado (para identificar sua origem e composição) e também da água do rio, abaixo e acima da estação de captação da Sanepar. O resultado da análise será divulgado em 15 dias.
O IAP também orientou a instalação de barreiras de contenção para evitar que o produto se alastrasse. ?Ainda não se sabe a origem do vazamento, mas foi em princípio descartada a possibilidade de ter sido provocado pela Sanepar?, disse o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e presidente do IAP, Rasca Rodrigues.
As primeiras informações apontavam para a presença de óleo combustível, mas a identificação precisa não foi possível. ?Seguindo o princípio da precaução, caracterizamos a substância como ?perigosa? e orientamos todos os procedimentos como tal?, informou Rasca Rodrigues.
De acordo com a diretora de Meio Ambiente da Sanepar, Maria Arlete Rosa, a presença do produto no Rio Iguaçu não vai interferir no abastecimento das cidades. ?Mas por precaução tomamos a iniciativa de conter e retirar o produto, mesmo sem termos responsabilidade sobre o vazamento?, esclareceu a diretora. A empresa irá destinar a substância recolhida a uma empresa privada, licenciada para a atividade e constantemente monitorada pelo IAP.
Depois da conclusão do laudo que irá apontar origem, composição e volume de produto derramado, o responsável será autuado conforme determina a legislação ambiental. A Sanepar informou que além da autuação também vai acionar o responsável e pedir o ressarcimento dos custos dos trabalhos executados para conter e retirar o produto.
Durante a tarde desta sexta-feira (08) os técnicos do IAP permaneciam de plantão no local monitorando a contenção e retirada do produto.