A medida teve como base o resultado das análises laboratoriais que vêm sendo realizadas pelo IAP desde o acidente com o trem da América Latina Logística (ALL), ocorrido no último dia 19 de julho, quando 35 vagões transportando soja, farelo de milho e açúcar, descarrilaram sobre a ponte do Rio São João, na Serra do Mar. O objetivo da portaria é resguardar, preventivamente, a integridade dos moradores e usuários do Rio São João na área atingida pelo acidente.
De acordo com as análises, a fermentação da carga orgânica derramada gerou impacto expressivo sobre a qualidade da água, provocando o desequilíbrio do meio aquático. Foi observada a proliferação de colônias de bactéria Sphaertilus natans e de vermes hirudíneos (sanguessuga) que habitam o leito dos rios e podem sugar o sangue de espécies vertebradas.
No Rio São João, fica proibido o uso da água desde o local do acidente até a sua foz, no rio Nhundiaquara, sendo que este ficará isolado desde a afluência do Rio São João até a sua foz, na baía de Paranaguá.
O diretor de licenciamento do IAP, José Augusto Picheti, disse que a contaminação deverá influenciar no valor da multa que será aplicada à ALL. Segundo ele, o auto de infração só será lavrado depois da retirada completa do material derramado e do resultado dos impactos causados à fauna, flora, solo e meio aquático.
continua após a publicidade
continua após a publicidade