‘Ia terminar, mas tive reflexo para dar o gol’, diz o árbitro Abade

Cleber Wellington Abade assinalou ou não o fim do jogo entre Paulista e São Paulo, anteontem, antes do gol marcado por Gláucio? Algumas câmeras o focalizaram fazendo o gesto típico de fim de partida, levantando o braço para o alto, no momento em que o jogador do Paulista chutaria – e determinaria o empate por 2 a 2.

Em entrevista ao Estado, por telefone, ontem, o árbitro confirmou que encerraria o confronto naquele instante, mas teve ?reflexo suficiente? para refazer o movimento e apontar o gol. ?Eu ia terminar o jogo, levantei o braço, mas não apitei e tive reflexo para dar o gol?, explicou Abade. ?É preciso esperar o lance acontecer para acabar o jogo. Depois de levantar o braço, apontei para o meio e confirmei o gol.

Sua sinalização não poderia ter causado confusão nos atletas? ?O meu gesto (de levantar o braço para o alto) não interferiu na jogada, não prejudicou o São Paulo, porque ninguém viu em campo? prosseguiu. ?Tanto que os jogadores não reclamaram na hora do gol.

A reclamação maior dos são-paulinos naquele momento foi com relação ao tempo. O gol saiu quando o cronômetro apontava mais de 49 minutos do segundo tempo. E Abade havia indicado quatro minutos de acréscimo. O juiz, no entanto, pode deixar o jogo seguir depois de passado o tempo de acréscimo determinado. Ele, assim, não precisaria pôr fim à partida em cima dos 49.

?Mas ele (Abade) deveria ter dado mais um minuto de acréscimo e sinalizado para que todos vissem. Nesse caso, evitaria confusão. Já chamei sua atenção, pedi que ficasse mais atento, mais concentrado?, afirmou Marcos Cabral Marinho, presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF).

De acordo com Marinho, é provável que o árbitro ?seja poupado? de confrontos mais importantes nas próximas rodadas, principalmente os que envolvem clubes considerados grandes. ?O Abade não contava que aquele rebote (da defesa do São Paulo, que caiu nos pés de Gláucio, autor do gol) resultasse em alguma coisa, foi um azar muito grande?, observou Marinho

Abade observou que o tempo de acréscimo dado no fim do jogo foi justo. E tem razão. Houve paralisação para pelo menos quatro minutos de acréscimo. ?Houve cinco substituições no segundo tempo e vários atendimentos de maca a jogadores.?

E, claro, negou má vontade com os são-paulinos, que tanto o criticam. ?Houve três lances na área do São Paulo que acertei ao não dar pênalti. Se fosse mal-intencionado, poderia ter marcado pênalti.

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