O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Alfredo Lopes, disse ontem que o setor hoteleiro do Rio terá prejuízos ?enormes? no réveillon e no carnaval, caso a série de ataques desencadeada ontem continue. Segundo ele, em razão da violência, os turistas que ainda não compraram pacotes para os dois feriados podem escolher outras cidades. ?O governo federal devia decretar intervenção no Rio para controlar a situação. As pessoas que já pagaram pelo passeio, até o momento, não cancelaram a viagem, mas estão ligando direto para saber o que está acontecendo.
Para ele, o turismo rodoviário será o mais afetado. ?Incendiar ônibus sem retirar as pessoas inocentes é emblemático e põe medo em todos. A onda de violência é traumática e arranha a imagem da cidade.
Gerente de recepção do Hotel Luxor Copacabana, Adriane Perdigão acredita que o movimento cairá no réveillon. Ontem, no entanto, ela disse que não houve cancelamento de reservas. ?A repercussão vai ser maior amanhã (hoje).?
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Hudson de Aguiar Miranda, e o chefe da Polícia Civil, Ricardo Hallack, afirmaram que não houve mudança no esquema planejado para a segurança do réveillon no Rio, após os ataques . ?Esse planejamento (do réveillon) é anterior (ao ataque). Não é necessária adaptação porque acreditamos que, com essas medidas, a ordem seja restabelecida?, disse o coronel. A PM prevê a atuação de 14.234 soldados no feriado prolongado – 20% a mais do que em 2005. A Polícia Civil terá 6.500 homens.