Rio de Janeiro – O Hospital do Câncer II (HC II), uma das cinco unidades assistenciais do Instituto Nacional do Câncer (Inca), poderá elevar em 30% ao ano o atendimento aos pacientes em quimioterapia ambulatorial, com a modernização da central de diluição, preparo e aplicação de quimioterápicos.
A ampliação do serviço é um dos benefícios da conclusão da primeira etapa do projeto de reforma da unidade, uma das mais bem equipadas do Sistema Único de Saúde (SUS) e centro de referência em ginecologia oncológica, inaugurada hoje (12) pelo ministro da Saúde, Agenor Álvares.
Segundo Álvares, a melhoria de qualidade do atendimento nas unidades do Inca integra a Política Nacional de Humanização (HumanazaSUS) do setor. Além disso, faz parte da consolidação dos serviços de excelência oferecidos à população nessa área, que é a segunda causa de mortes no Brasil.
?Esse trabalho que o Inca faz tem que ser complementado por algumas ações que a população tem que fazer, como prevenção. Estar sempre atentos aos exames que têm que ser feitos para a gente não chegar em casos finalísticos que vão causar mais problemas ainda de atendimento?, explicou.
A primeira fase da obra, realizada com investimentos de R$ 6,7 milhões do ministério, aumentou a área construída do prédio anexo do hospital de 6.200 m² para 7.300 m²; dobrou o número de leitos de pronto atendimento (6); criou um espaço exclusivo dentro da emergência para transfusão de sangue com três cadeiras, liberando os leitos de internação ocupados só para essa finalidade; construiu um novo centro de quimioterapia, com dez cadeiras e dois leitos e melhorou o espaço para treinamento e capacitação profissional de médicos do setor.
O novo ambulatório contará inicialmente com 10 consultórios. Outros 13 funcionarão provisoriamente até a conclusão da segunda etapa da obra, prevista para 2008, quando os pacientes contarão com 30 consultórios. O Laboratório de Imunogenética do Inca, que hoje funciona no Hospital dos Servidores do Estado, será transferido para o local.
Para o secretário de Atenção à Saúde e ex-diretor geral do Inca, José Gomes Temporão, a obra mudou completamente a situação anterior do HC II, ?no ponto de vista da privacidade, conforto e qualidade dos serviços, já que as mulheres precisam desse atendimento?. Temporão lembrou que a conclusão total do projeto em 2008 será um passo importante na qualificação da unidade, que fica num ponto estratégico do centro da cidade, atrás da rodoviária, para receber pessoas de vários estados.
O diretor?geral do Inca, Luiz Antonio Santinho, disse que a ampliação do espaço físico do HC II vai melhorar a área de treinamento e capacitação profissional mantida pelo Inca. Atualmente, 1.400 profissionais estão em treinamento e todos passarão por estágios no HC II. Santinho disse, também, que a licitação para execução da segunda etapa da obra no hospital será realizada ainda neste semestre. Ele garantiu que as novas instalações obedecem às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.