Hospitais só terão investimentos se cumprirem meta mínima de 50 leitos para o SUS

O secretário da Saúde Cláudio Xavier afirmou na manhã desta sexta-feira (8), durante reunião com a Associação Médica de Cascavel e representantes dos seis hospitais da cidade, que só receberão novos credenciamentos e investimentos públicos as unidades que disponibilizarem pelo menos 50 leitos para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). ?A contrapartida para os credenciamentos em alta complexidade e outras solicitações feitas pelos hospitais é que a população tenha pelo menos o número mínimo de leitos disponíveis?, disse Xavier.

Dos seis hospitais gerais da cidade, cinco são privados. O único público é o Hospital Universitário de Cascavel (HU). Dos demais hospitais, um só atende particular (Hospital Doutor Lima) e quatro estão credenciados pelo SUS: Nossa Senhora da Salete, Policlínica, São Lucas e Santa Catarina. Destes últimos, apenas o Nossa Senhora da Salete e o Santa Catarina cumprem o mínimo de 50 leitos destinados ao SUS. ?Faltam em média 15 leitos para que cada um dos dois outros hospitais cumpram a meta e a nossa determinação é que isso tem que ser resolvido até o final deste mês?, disse o chefe da 10ª Regional de Saúde, com sede em Cascavel, Jorge Vieira Trannin.

Para os hospitais que cumprem a meta, o governo do Estado vai continuar ampliando os investimentos. Durante a reunião, o secretário Xavier anunciou o credenciamento em alta complexidade pelo SUS do setor de cardiologia do Hospital Nossa Senhora da Salete. ?Esse hospital presta um atendimento de excelência e agora é uma vitória da população da região e deste governo que também a área de alta complexidade em cardiologia esteja disponível para os pacientes do SUS?, disse o deputado estadual Nereu Moura (PMDB), que participou da reunião.

Fundado há mais de 20 anos, o hospital já atende pelo SUS alta complexidade em áreas como nefrologia, sendo um dos pioneiros na realização de transplantes renais. Do total de 85 leitos, 61 são SUS. ?O credenciamento da cardiologia confirma a preocupação do governo com a saúde da população da nossa região?, disse o diretor clínico do Salete, Sérgio Bichat de Almeida Rodrigues.

Outra ação da Secretaria da Saúde na região será a instalação ainda neste semestre de uma UTI Pediátrica no HU. ?Será a primeira da região e auxiliará em muito no atendimento da população?, afirmou o secretário Xavier. O HU já recebe desde 2003 uma verba mensal de custeio da Secretaria no valor de R$ 100 mil. Além disso, o governo anunciou a contratação de mais 79 funcionários para a instituição e o envio de equipamentos no valor de R$ 1 milhão. ?Também, com os diversos investimentos em regionalização e descentralização da saúde, foi possível ?desafogar? o HU?, conta o diretor da Regional, Jorge Trannin. O número de novos doentes no Pronto-Socorro do Hospital passou de 40 para 15 por dia. As consultas diárias passaram de 190 para 70, em média.

A regionalização da saúde prevê o investimento em atenção básica, na média complexidade (verba para os consórcios de saúde aumentarem as consultas e exames especializados) e na alta (incentivo aos hospitais de referência regional). Com isso, o tempo de espera da população dos 25 municípios da 10ª Regional para áreas como cardiologia, oncologia, e exames como endoscopia e eletro, foi reduzido a menos da metade. ?A prioridade é garantir o atendimento de excelência pelo SUS, e para isso a parceria do governo com os hospitais e associações é fundamental?, disse o secretário.

O presidente da Associação Médica de Cascavel, Luís Américo Bugarelli, elogiou as ações na região. ?Nunca um governo investiu tanto na saúde da nossa região. Os bons resultados já podem ser medidos?, afirmou. Bugarelli também informou que a Associação está engajada no mutirão para combate à mortalidade materna e infantil no Estado, lançado na semana passada pelo secretário Cláudio Xavier.

Samu

Outra determinação do secretário Cláudio Xavier foi que o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o equivalente ao Siate do Paraná) seja implantado em Cascavel até o final do ano. A cidade é a única das maiores do Paraná que ainda não implantou o sistema, que deve estar integrado com as unidades de saúde do município. ?No ano passado, faltou apoio do município, mas agora todo o sistema será agilizado?, disse o chefe da Regional, Trannin. O prefeito Lisias de Araújo Tomé contou que a prioridade da sua gestão será a melhora dos índices de saúde de Cascavel e a implantação das ações de governo.

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