O Horário de Verão termina à meia-noite do próximo sábado, dia 19, quando os relógios deverão ser atrasados 1 hora. O Horário de Verão está em vigor no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
A estimativa do Ministério de Minas e Energia é de que a mudança de horário tenha reduzido em cerca de 5% a demanda de eletricidade no período de maior consumo do dia, das 19 às 22 horas.
A medida terá duração de 110 dias. Esta é a 31ª vez que o Horário de Verão vigora no País – a primeira foi em 1931 e, desde 1985, a medida vem sendo adotada todos os anos.
Segurança – Adiantar os relógios em uma hora no verão, segundo o Ministério de Minas e Energia, é uma medida necessária para melhorar a segurança do sistema de abastecimento de eletricidade nos meses mais quentes, quando há aumento no consumo de energia. Além disso é importante evitar sobrecarga no sistema elétrico no horário de ponta, que é o momento mais crítico do dia, quando as pessoas estão voltando do trabalho para casa e ligam, por exemplo, aparelhos de ar condicionado e de TV e tomam banho. Com a medida também diminui a necessidade de uso das usinas termelétricas, cuja energia é mais cara do que a hidrelétrica e tem maior impacto na tarifa paga pelo consumidor.
Como em 2002, quando houve eleição presidencial, a atual edição do Horário de Verão começou um pouco mais tarde, em 2 de novembro, por causa das eleições municipais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia solicitado o adiamento do início da mudança de horário para que o período de votação fosse o mesmo em todo o País. Além disso, os relógios das urnas eletrônicas são programados para funcionar no horário normal.
Ainda não há informações oficiais sobre a economia de energia, mas, de acordo com dados do Ministério, divulgados em outubro do ano passado, quando do anúncio do Horário de Verão, a previsão de redução da demanda no horário de ponta era de 1.780 MW, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Seria o mesmo que desligar o fornecimento de energia, das 19 às 22 horas, na região metropolitana de Belo Horizonte e em Florianópolis, simultaneamente.
Nos três Estados da Região Sul – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – a estimativa de redução no horário de ponta é de 5,5% da demanda. Caso não fosse instituído o Horário de Verão, teria sido necessário acrescentar ao sistema elétrico uma usina com capacidade de produzir 540 MW de energia, o que corresponde a 80% da demanda no horário de ponta da cidade de Porto Alegre. Na edição anterior a redução da demanda no período de maior consumo foi de 4,5% nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste e de 6%, no Sul.
