O horário de verão começa à meia-noite deste sábado (zero hora de domingo, dia 5). Os moradores das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste terão que adiantar seus relógios em uma hora. A mudança no horário valerá até o dia 25 de fevereiro do próximo ano. O horário de verão deste ano terá 112 dias, um pouco menos do que o do ano passado, que teve 126 dias. O principal motivo dessa redução foram as eleições. Para não atrapalhar o processo eleitoral, o Ministério de Minas e Energia determinou que a mudança nos relógios só começasse a valer depois do segundo turno das eleições. Tradicionalmente, o horário de verão tem início bem antes, em meados de outubro.
A medida valerá para os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e para o Distrito Federal. Os moradores dos Estados das regiões Norte e Nordeste não precisarão adiantar os ponteiros de seus relógios. O principal objetivo do horário de verão é o de evitar a concentração do consumo de energia no horário de pico, entre 19 horas e 22 horas, quando a maioria das pessoas costuma chegar em casa.
Ao se adiantar os relógios, a luminosidade natural dessa época do ano, que já é maior, pode ser aproveitada por mais tempo. Com isso, o sistema elétrico opera com mais folga, evitando-se os riscos de sobrecarga e interrupções no fornecimento de energia. Segundo cálculos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o Horário de Verão 2006/2007 deverá proporcionar uma redução de 4% a 5% no consumo de energia no horário de pico. Essa economia equivale a cerca de 2.000 megawatts (MW).
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a previsão é de que haja uma redução do consumo no horário de pico de 1.560 MW, o equivalente a duas vezes o consumo da cidade de Brasília (DF) no horário de maior carga. No Sul, a redução deverá ser de 530 MW, o que corresponde a 80% do consumo de Porto Alegre (RS) no horário de pico. O Ministério de Minas e Energia estima que, em termos financeiros, o horário de verão 2006/2007 proporcione ao País uma economia de R$ 50 milhões, que equivale ao dinheiro que deixará de ser gasto para geração de energia em usinas termelétrica no horário de pico.
