O histórico de febre aftosa existente nos rebanhos de gado do Brasil impede que o país se beneficie da suspensão feita contra a compra de carne dos EUA depois de o país ter registrado um caso do mal da vaca louca, em Washington.
A expectativa era que países como Brasil, que ao lado da Argentina é um dos maiores produtores de carne da América Latina, ampliassem suas vendas para mercados como Japão e Coréia do Sul depois que esses países embargaram a importação do produto norte-americano.
No entanto, foi a Austrália que mais se beneficiou da medida. Apesar de o Brasil não registrar casos da doença há alguns anos, os países da Ásia rejeitam carne de países latino-americanos que têm histórico de febre aftosa, como Brasil e Argentina.
Porta-vozes do Japão e da Coréia do Sul já informaram que não pretendem substituir as compras de carne americana por produtos do Brasil ou da Argentina. Segundo os governos desses países “é melhor prevenir”.
O mercado japonês e sul-coreano seriam ótimas oportunidades de negócios para o Brasil caso o país conseguisse se apropriar pelo menos de parte do mercado que era ocupado pelos EUA. Só o Japão comprava cerca de US$ 1,8 bilhão em carne norte-americana por ano. A Coréia, cerca de US$ 600 milhões.
Além da Coréia do Sul e do Japão, outros 19 países também impuseram barreiras contra a carne americana depois que um teste realizado em Washington comprovou que um animal estava contaminado por vaca louca. (FolhaNews)