A senadora Heloísa Helena, candidata do P-SOL à presidência da República, não descarta a participação de ministros nos escândalos das compras de ambulâncias e transporte escolar. Em campanha hoje em Macapá (AP), a senadora pediu que a sociedade cobre do Congresso Nacional uma apuração rigorosa para que o povo saiba exatamente quais são os senadores, deputados, empresários, funcionários, prefeitos ou ministros da saúde, educação, ciência e tecnologia e Casa Civil que estão diretamente envolvidos nos crimes contra a administração pública.

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Na entrevista coletiva que deu no Aeroporto de Macapá, ao ser perguntada se tinha certeza de envolvimento de ministros, a senadora respondeu que como existem muitos documentos sigilosos não poderia adiantar. "Mas é fato que a liberação das emendas, que viraram negócio sujo na compra de ambulâncias, transporte escolar e programas de inclusão digital, tem a participação direta de pessoas poderosas na Casa Civil e nos Ministérios da Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia", afirmou. "Estas pessoas também precisam ser apresentadas à opinião pública, além dos senadores, deputados, prefeitos e empresários envolvidos nesse esquema sujo".

Heloísa Helena classificou de "gravíssimo" o problema da segurança pública em São Paulo, mas ressaltou que a violência está presente na maioria dos estados brasileiros e que alguns têm índices de violência proporcionalmente até maior que Rio de Janeiro e São Paulo. O Amapá, por exemplo, segundo dados do Ministério da Justiça, está entre os estados mais violentos, com 48 ocorrências por grupo de cem mil habitantes.

Para diminuir a escalada da violência, ela diz que é preciso ter ao mesmo tempo, alternativas de inclusão social "para minimizar os riscos dos filhos da pobreza irem para a marginalidade" e uma repressão implacável ao crime organizado. "Isso significa também impedir que os presídios brasileiros sejam verdadeiros campos de concentração para os pobres e mecanismo de formação de novas quadrilhas para os gerentes do crime organizado".

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