Brasília ? O ministro Hélio Costa informou que o presidente dos Correios dos Estados Unidos virá ao Brasil, em fevereiro, para acertar uma série de procedimentos com o Ministério das Comunicações. Uma das principais ações a serem discutidas é a remessa de pequenos valores ? até dez mil dólares ? por brasileiros que vivem naquele país para o Brasil por meio dos Correios.

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Segundo o ministro, a ordem de pagamento internacional emitida pelos Correios dos EUA, que funciona como um cheque ao portador, garantido pelo governo americano, foi interrompida em 2001. O motivo foi uma instrução normativa da Receita Federal exige que seja identificado nos EUA, por meio do CPF ao portador, quem vai receber o dinheiro aqui no Brasil. De acordo com a constituição americana, isso é uma invasão de privacidade do cidadão e o governo daquele país se recusa a fazer isso.

A ordem de pagamento internacional pode ser comprada em supermercados, postos de gasolina, drogarias, no valor de até 10 mil dólares. É um cheque pago em qualquer banco do mundo. O ministro das Comunicações defende o retorno do serviço para remessa de pequenas quantias. ?Nós estamos nos referindo ao brasileiro que está no exterior e manda uma pequena quantia para ajudar a família no Brasil. Este convênio vai acabar com a exploração das empresas intermediárias?, explicou Hélio Costa.

Com o cancelamento do serviço pelo governo americano, os brasileiros que estão no exterior pagam até dez por cento de comissão para mandar dinheiro por escritórios ou entidades especializadas no serviço. O ministro já solicitou à Receita Federal que refaça esse entendimento para que o serviço, junto ao governo americano, possa ser restabelecido.

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