O senador Hélio Costa admitiu hoje deixar o PMDB caso o partido decida sair da base de sustentação do governo federal no Congresso. "Eu não diria que eu tenho de ficar no PMDB se amanhã eu sentir que eu não tenho mais espaço no partido e que o partido tomou uma posição completamente errada de acordo com os interesses nacionais", disse Costa, em entrevista à Radio CBN, em Belo Horizonte.
O alinhamento com o Palácio do Planalto rendeu ao senador mineiro convites para ingressar no PT e outros partidos da base, como PL e PPS. "Modéstia à parte, estão em fila para me receber", gabou-se. Para Costa, ao cogitar o lançamento de uma candidatura própria à Presidência da República em 2006, as lideranças peemedebistas não estão trabalhando com uma proposta "razoável", ou "factível", mas com "um sonho".
"Quem é o candidato próprio do PMDB à Presidência da República? Será que é o Michel Temer? O Geddel Vieira Lima? O Moreira Franco? Estes é que são os candidatos do PMDB? O Orestes Quércia? Eu acho que o partido precisa se dar conta de que ele não tem um candidato próprio capaz de sensibilizar o País. Evidente que ele tem sim lideranças suficientes para compor uma chapa com o próprio PT do presidente Lula", defendeu o senador.
No sábado, o diretório mineiro do PMDB realiza uma reunião em Belo Horizonte com a presença de Temer. Lideranças do partido no Estado estão mobilizadas para garantir a permanência do partido na base aliada.