O chanceler disse ainda, durante entrevista coletiva à imprensa após a sessão de encerramento da 18ª Reunião do Grupo do Rio, que foi firmado o compromisso de promover um encontro até o dia 20, quando serão debatidas prioridades e definidas tarefas em matéria de cooperação econômica e diálogo político.
Segundo Amorim, a idéia é que a presença de países da América do Sul e do Caribe no Haiti promova uma “construção política nova, verdadeiramente democrática, com a participação do povo e de todas as correntes políticas”.
O ministro garantiu que o Grupo do Rio ? formado por 19 países da América Latina e do Caribe ? está assumindo o papel de sujeito da história na questão do Haiti. “É claro que o tema que absorveu mais tempo foi o do Haiti, até porque é um assunto muito difícil. O Grupo do Rio nunca discutiu o tema do Haiti como está discutindo hoje. Não fosse a decisão corajosa ? e até polêmica ? de alguns países, de estarem presentes no Haiti, o Grupo do Rio jamais estaria tratando o problema como tratou neste encontro”, disse.
Em referência a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o país, Amorim ressaltou o fato de que, até então, o Haiti era tratado como tema de interesse apenas das grandes potências: “O presidente Lula disse durante a reunião que é preciso latino-americanizar a questão do Haiti, aí incluído o conceito do Caribe. E foi exatamente isso que ocorreu aqui. Até então, os países latino-americanos e caribenhos entravam no processo apenas como auxiliares. Agora nós estamos assumindo o papel de sujeitos da história. E isso recoloca o Grupo do Rio dentro da sua vocação principal, de ser um grupo de concertação política.”
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