São Paulo (AE) – A variação para baixo de preços de produtos e serviços com ponderações significativas na composição do IPC-Fipe assegurou a estabilidade da inflação de abril prevista pelo coordenador do índice, Paulo Picchetti. O IPC fechou abril em 0,01% ante uma alta de 0,14% em março e de 0,83% no mesmo mês do ano passado, em linha com as projeções feitas pelos economistas Elson Teles, da Concórdia Corretora, e Eduardo Velho, da Mandarim Gestão de Ativos.
Na abertura do índice por grupos, verifica-se que os três com maiores pesos tiveram seus preços reduzidos no mês em referência. O grupo Habitação registrou uma queda de 0,05%, com a tarifa de energia elétrica caindo 0,86% em decorrência da sistemática do PIS-Cofins, que, de acordo com o economista da MCM Consultores, Antônio Madeira, flutuou a favor da queda da energia elétrica. Nem mesmo as altas do preço do gás canalizado, de 1,26% e do de botijão, de 0,24%, foram suficientes para levar o grupo Habitação a fechar em alta.
O grupo Alimentação, como já era esperado, reduziu o ritmo de queda relativamente às baixas verificada nas quadrissemanas. Fechou em baixa de 0,64% refletindo uma queda generalizada entre seus subgrupos. Os industrializados caíram 0 80%, derivados da carne (-1,51%), café, achocolatados em pó e chás (-1,24%), óleos (-0,75%), enlatados e conservas (-3,47%), alimentos semi-prontos e prontos (-0,08%), semi-elaborados (-0 92%), sendo que o frango, que vinha experimentando índices elevados de reajustes, caiu 4,76%. Os alimentos in natura fecharam em deflação de 0,47%.
No grupo Transportes (-0,04%), os destaques foram os preços do álcool combustível e da gasolina, com deflações de 3 87% e 0,35%, pela ordem. Também contribuiu para a queda dos Transportes a redução de 4,46% no preço do bilhete do transporte coletivo integrado. Os demais grupos fecharam em alta. O Saúde subiu 1,26%, Vestuário, 1,06%; Despesas Pessoais, 0,26% e Educação, 0,13%.
