A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cezar Peluso de soltar os três desembargadores e o procurador da República presos na Operação Furacão será submetida ao plenário do tribunal. Até o fim de maio, os outros dez ministros decidirão se os suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de sentenças podem continuar em liberdade ou se devem voltar à cadeia.
A assessoria do STF informou neste domingo (22) que o plenário não precisaria analisar a decisão, mas que Peluso optou por submeter à apreciação dos colegas, que vão referendar ou não a revogação das prisões. Os desembargadores José Ricardo de Siqueira Regueira e José Eduardo Carreira Alvim e o procurador da República Paulo Sergio Leal Pereira, que estavam na Polícia Federal de Brasília, foram soltos no fim da tarde de ontem, por determinação de Peluso.
A libertação foi criticada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pela Associação Nacional dos Procuradores da República. Outros 21 presos na mesma operação, entre policiais, advogados, empresários e bicheiros, continuam presos, por decisão da 6ª Vara de Justiça Federal, no Rio. O processo foi desmembrado na sexta-feira e apenas os magistrados e o procurador estão agora na alçada do STF.