O presidente da Bolívia, Evo Morales, reclamou de certa ?intransigência? da Petrobras nas negociações sobre as refinarias Gualberto Villarroel, em Cochabamba, e Guillermo Elder Bell, em Santa Cruz. ?Apostamos no diálogo, mas isso terá limites porque há certa intransigência, que não é do presidente nem do governo nem do povo, mas de interesses seguramente externos aos da Petrobras?, disse, sem explicar a quem se referia.
As declarações foram feitas durante mais um espetáculo montado para mostrar à população boliviana que o governo está comprometido com a nacionalização do gás e petróleo – uma visita de Evo ao campo petrolífero de Rio Grande, no Departamento de Santa Cruz, para ?tomar posse? da produção. Simultaneamente, 80 técnicos inspecionaram os campos petrolíferos de San Alberto, San Antônio e Margarita, onde a Petrobras atua.
Acompanhado por jornalistas, cinegrafistas e o presidente da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Guillermo Aruquipa, Evo percorreu as instalações de Rio Grande, operadas pela Andina (Repsol) e pediu mais investimentos para as empresas estrangeiras. ?Os investimentos também são uma forma de acabar com a imigração de bolivianos para a Europa?, disse, acrescentando que a nacionalização ?é irreversível?.