Há divergências sobre resolução contra o Irã, diz russo

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse nesta quarta-feira (20) que Moscou e os países ocidentais ainda divergem quanto aos principais aspectos de uma proposta de resolução apresentada pela União Européia (UE) ao Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) para punir o Irã por seu programa nuclear. Na avaliação do chanceler russo, as sanções propostas são abrangentes demais.

Segundo ele, porém, "um acordo rápido" será possível se os Estados Unidos e seus parceiros europeus retornarem ao entendimento original de que sanções não devem ser usadas contra o Irã e de que o CS da ONU não deveria tentar usurpar as funções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), responsável por inspecionar os programas nucleares dos signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).

De acordo com Lavrov, a mais recente versão da proposta de resolução inclui algumas propostas russas para que eventuais sanções limitem-se às atividades iranianas de enriquecimento de urânio. Entretanto, prosseguiu ele, as potências ocidentais empregaram uma linguagem que tornaria praticamente ilimitado o escopo das sanções.

O enriquecimento de urânio é um processo essencial para a geração de combustível usado no funcionamento das usinas nucleares. Em grande escala, o urânio enriquecido pode ser usado para carregar ogivas atômicas. Os EUA e outras potências ocidentais acusam o Irã de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. O governo iraniano nega e assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo