Sob forte esquema de segurança, o ex-presidente do Equador Lúcio Gutiérrez esteve no Ministério da Justiça para formalizar pedido de asilo ao governo brasileiro. Após encontro com o secretário-executivo da pasta, Luiz Paulo Barreto, Gutiérrez evitou contato com a imprensa e impediu que fossem feitas imagens da audiência. Ele entrou e saiu do prédio pela garagem e usou o elevador privativo das autoridades. A saída de Gutiérrez foi tumultuada.
Agentes da Polícia Federal ameaçaram jornalistas, empurraram fotógrafos e exigiram a saída dos profissionais da garagem. O agente da PF que dirigia o carro do ex-presidente chegou a dizer que não seria responsável se houvesse algum acidente. Após um certo impasse, Gutiérrez, que teve ainda apoio de uma empresa de segurança que presta serviços ao Ministério, entrou rapidamente no carro da PF e apenas acenou para os repórteres, evitando declarações. A assessoria de imprensa do Ministério informou que vai divulgar uma nota sobre a audiência.
Em relação ao uso do elevador privativo a assessoria esclareceu ser comum que pessoas que fazem um pedido de asilo o utilizem e que essas pessoas tem direito de preservar sua imagem. Gutiérrez está neste momento no Hospital das Forças Armadas, onde sua mulher, Elza Ximena Romero, está internada, desde ontem, por problemas de disfunção hormonal.
