Gustavo Kuerten deu nesta terça-feira os últimos retoques no seu jogo e no condicionamento físico das pernas. Na quinta, ele embarca para a Europa, onde disputará os três últimos torneios da temporada. Todos serão em quadra de piso rápido e cobertas – no ATP de Lyon, na França, do dia 7 ao 14; no Masters Series de Madri, na Espanha, de 14 a 20; e novamente na França, no Masters Series de Paris, do dia 28 a 3 de novembro. Depois disso, Guga terá férias até o Aberto da Austrália, em janeiro.
Dependendo de seu desempenho, o tenista brasileiro pode até terminar o ano entre os dez melhores do mundo. Seria a maior recompensa para o esforço de Guga, atualmente em 40º lugar no ranking, depois da cirurgia no quadril realizada em fevereiro.
Mas Guga nem está pensando nisso. Ganhar o ATP do Brasil, em quadra rápida, na Costa do Sauípe, em 15 de setembro, já foi um bom recomeço. Afinal, ele penou 13 meses sem bons resultados, desde setembro de 2001. Passou por uma artroscopia no quadril em fevereiro. E só agora está retomando o jogo.
?Esta temporada foi muito estranha, devido à lesão. Não sei quando vou poder estar entre os melhores. Esta seria a minha meta, mas é preciso estar tranqüilo. Voltar a ser número 1 do mundo não é um objetivo imediato para mim?, disse Guga. ?Agora tenho muitos jogadores competitivos à minha frente na classificação, mas em três semanas espero alcançar também um nível competitivo.?
Guga agradeceu ao convite para ir a Madri. ?Foi um bom presente este ano poder participar de um torneio grande como esse a convite. Estou mais tranqüilo e assim tenho mais oportunidades. Também acho que é justo, porque minha queda no ranking não foi por causa de mau jogo, mas pela lesão. E eu continuei trabalhando para recuperar o tempo perdido?, afirmou.