Levantamento divulgado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) mostrou que das quase 300 ocorrências atendidas pela Guarda Portuária entre janeiro e dezembro deste ano, a maioria é de acidentes operacionais dentro da área primária (cais comercial), envolvendo o trânsito de equipamentos e veículos.
?A imperícia ou a imprudência são os principais motivos que causam essas ocorrências. Trabalhamos com a prevenção, mas também contamos com colaboração dos motoristas e operadores de equipamentos para que não se envolvam em acidentes?, disse o supervisor de segurança da Guarda Portuária, Ivan Plantes Machado.
Em segundo lugar no número de ocorrências, estão os casos de furtos, roubos e arrombamentos, todos atendidos prontamente pela corporação e levados ao conhecimento das polícias Civil e Militar. Uma das últimas ocorrências registradas foi a prisão de um homem, de 42 anos, que invadiu o pátio de veículos para furtar acessórios dos automóveis estacionados. Os guardas portuários Edison e Marcos detiveram o infrator e o encaminharam à 2.ª Subdivisão Policial.
Além desses atendimentos, a Guarda Portuária ? que em 2007 completará 20 anos de existência ? atua em ocorrências ligadas a acidentes ambientais e operacionais, apreensão de mercadorias proibidas, controle de acessos e demais irregularidades nas áreas afetas à Appa, como portes de armas e de drogas, perturbação da ordem e contrabando. Todos esses atendimentos contam com o auxílio dos equipamentos do sistema de segurança ISPS Code, como câmeras, catracas eletrônicas, leitura palmar e balanças nos portões de acesso.
Mudança
Entre os casos curiosos está o da apreensão de equipamentos de pesca. ?Antigamente era comum vermos trabalhadores em momentos de folga do trabalho pescarem em qualquer ponto do cais. Hoje, esta situação não existe mais e em todo este ano tivemos apenas um caso?, contou Machado.
Outra situação que era corriqueira no cais, mas que deixou de ser registrada a partir desta administração, foi a presença de construções irregulares na área primária. Antigos comércios e moradias, instalados precariamente no cais e em áreas da Appa, foram demolidos, em virtude da ilegalidade e da falta de segurança que apresentavam, facilitando a presença de pessoas não autorizadas.
Além disso, mesmo sem aparecer no relatório oficial da Guarda Portuária, os 99 integrantes da corporação registraram em sua área de atuação o fornecimento de uma série de informações a turistas, motoristas e usuários dos portos paranaenses.