A deputada Ângela Guadagnin (PRT-SP) afirmou há pouco, no Conselho de Ética da Câmara, que não pretende se afastar do colegiado, como defendem seus colegas, até o conclusão da Corregedoria da Casa, que analisa o seu comportamento de dançar comemorando a absolvição do deputado petista João Magno. Para a deputada, ela não faltou com a ética por ter manifestado de forma espontânea a alegria de ver um amigo absolvido do processo de cassação.
Segundo ela, sua atitude pode ter sido impensada, porque foi espontânea, mas não houve falta de decoro. Para se defender, a deputada lembrou que o plenário da Câmara já viu deputados se agredindo, xingando um ao outro, fumando na tribuna, rasgando a Constituição e se acorrentar na cadeira, e disse ainda que a repercussão do seu caso talvez seja pelo fato de ser mulher, gorda, ter cabelos brancos e não pintá-los, ser do PT "e buscar fazer justiça".
Ela disse também que está sendo maltratada pela imprensa que tem repercutido o fato, anulando toda uma vida de luta pelo bem-estar do povo, pela Justiça e pela democracia. "Vinte segundos da minha vida apagaram mais de 30 anos de vida política", afirmou Guadagnin. Ela lembrou que já pediu desculpas aos cidadãos que se sentiram ofendidos, e que no Conselho de Ética defendeu pena alternativa para o amigo, João Magno. A deputada disse que ainda hoje fará discurso da tribuna sobre o tema.