A Emater está elaborando um projeto de controle da saúva para o Norte e Noroeste. Oito técnicos da extensão rural oficial se reuniram semana passada em Londrina para formular uma minuta que prevê manter a população desta praga em níveis toleráveis e sem prejuízo econômico ao produtor rural. Tem também a proposta de a cada quatro a cinco anos realizar arrastões como complemento das ações constantes e localizadas, com a participação ativa e integrada dos produtores rurais afetados pela formiga cortadeira, explica o entomologista Lauro Morales, que faz parte do grupo de trabalho do Projeto Saúva.
Segundo técnicos da Emater, com esta etapa de formação do grupo base, os próximos passos são a elaboração das estratégias de controle e os mapas municipais de infestação, levando em conta que o convívio com as formigas cortadeiras implica em ações ordenadas e constantes ao longo dos anos. Os componentes contemplados na proposta passam pela correta utilização de formicidas, equipamentos, produtos, doses, épocas de controle, capacitação do aplicador, consciência do problema pelo produtor rural, integração das autoridades e lideranças, atuação efetiva da iniciativa oficial e privada, engajamento da população geral nas práticas urbanas e rurais de controle.
Além da aplicação de tecnologias que inibem o desenvolvimento da saúva nas aproximadamente 14 mil propriedades rurais, localizadas em 131 municípios de cinco regiões no Paraná, a Emater vai adquirir equipamentos de aplicação de formicidas e a formação de patrulhas especializadas nos municípios afetados, "o que vai permitir a redução dos elevados custos nos controles individualizados e, em especial, eliminar a descontinuidade do trabalho realizado nas campanhas anuais", diz Morales.