O grupo especial de fiscalização móvel do Ministério do Trabalho e Emprego localizou, no último sábado, sete trabalhadores em condições degradantes na fazenda Ouro Preto, localizada no município de Aragominas (TO) e de propriedade do juiz do trabalho aposentado Wilson Osmundo Neto.
Segundo o coordenador do grupo, o auditor fiscal Humberto Célio, os trabalhadores estavam com os salários atrasados e alojados em barracão de lona sem as mínimas condições de higiene. Diante deste cenário e o fato da fazenda pertencer a um juiz trabalhista chocou a equipe: "Quem tinha que dar o exemplo está descumprindo a legislação", desabafou Humberto Célio.
A maioria dos trabalhadores estava na fazenda há cerca de 40 dias, trabalhando na limpeza de pasto. O grupo móvel providenciou a retirada dos trabalhadores e o acerto de contas está sendo feito em Araguaína, num total de R$ 10 mil.
O procurador do Trabalho, Marcelo Ribeiro, presente na operação, vai propor uma ação civil pública contra o dono da fazenda, exigindo indenizações por danos morais em favor dos trabalhadores.