O grupo Eletrobrás investiu em 2005 cerca de R$ 250 milhões em projetos de pesquisa, capacitação e desenvolvimento tecnológico. Em entrevista à Agência Brasil, o chefe do Departamento de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial da Eletrobrás, Ronaldo Lourenço, afirmou que os recursos investidos representaram metade de tudo o que foi autorizado pela estatal entre 2000 e 2004 para a área.
Ronaldo Lourenço atribuiu o aumento expressivo da dotação para pesquisa, capacitação e desenvolvimento à retomada do processo de articulação com centros de pesquisa, universidades e indústrias a partir de março de 2003, quando houve o lançamento do Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial. Nesse programa, o grupo Eletrobrás estabeleceu que iria "promover a articulação com a engenharia e a tecnologia do país, de tal maneira que nossos produtos pudessem agregar valor e gerar renda para o Brasil".
O processo de integração com a indústria nacional foi iniciado pela Eletrobrás em 1985 e começou a ser desmantelado a partir de 1989. A interrupção do processo veio com o surgimento do Programa Nacional de Desestatização (PND), do governo federal. As primeiras operações de privatização do setor de energia elétrica foram as da Escelsa, em 1995, e da Light, em 1996.
Agora, o modelo de gestão do Programa de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial do grupo Eletrobrás está organizado em três vertentes. Uma delas é a integração de ações no âmbito do grupo Eletrobrás, visando a otimização da pesquisa e desenvolvimento. A segunda vertente trata da parte de capacitação da indústria nacional, acompanhada pelo Departamento de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial. A terceira diz respeito à reativação, desenvolvimento e manutenção de programas que foram desenvolvidos no passado a partir de 1985 e posteriormente desativados.
Para 2006, ainda não há definição do montante a ser investido em pesquisa, desenvolvimento e capacitação tecnológica pelas empresas do grupo Eletrobrás, que estão iniciando o levantamento das demandas e necessidades das localidades onde atuam para estabelecer os valores para apoio aos projetos. Depois de montados, os projetos são encaminhados à Eletrobrás e submetidos à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para aprovação. O grupo Eletrobrás é composto pela Eletronorte, Chesf, Eletrosul, Furnas, Eletronuclear, CGTEE, Cetel, Light Par, e metade das ações de Itaipu Binacional.
