A matéria apresentada na última edição do programa Fantástico da Rede Globo (31/07/2005), intitulada "Terapia para Homossexuais", causou imediata reação e indignação em ONGs de direitos humanos de Gays, Lésbicas, Transgêneros e Transexuais. A reportagem narrava a polêmica causada nos EUA, após um adolescente americano de 16 anos publicar em seu blog a angústia de, após assumir sua orientação sexual para os pais, ser obrigado a entrar para um campo de concentração de recuperação de homossexuais.
Na cidade de Londrina, norte do Paraná, está localizada a Sede da Êxodos Brasil, regional da Êxodos Internacional, organização Cristã, que tem como objetivo "curar homossexuais através do poder transformador de Jesus Cristo".
O Grupo Dignidade vai entrar com representação no Ministério Público contra a Êxodos pela discriminação contra homossexuais. A advogada do Grupo Dignidade, Drª Silene Hirata, pretende também abrir processo criminal contra os representantes da organização por curandeirismo e charlatanismo. Conforme relatos de gays que procuraram o "apoio" da Êxodos, a organização utilizava métodos violentos de "cura". Segundo Hirata, em 17 de maio de 1993 a homossexualidade foi retirada do Código Internacional de Doenças (CID), portanto deixando de ser considerada patologia. Dessa forma a entidade também está cometendo crime contra o consumidor por vender a cura da homossexualidade.
Toni Reis, presidente do Grupo Dignidade e Secretário Geral da ABGLT, lembra que, em 1995, o Grupo Dignidade fechou o Ministério Hermom em Curitiba, uma casa que dizia curar homossexuais. "Não podemos aceitar atitudes e conceitos da idade média, temos que aplicar a legislação pertinente para coibir esse tipo de situação, afinal nosso estado é laico", completa Reis.
