Cerca de 700 manifestantes participaram da passeata do Grito dos Excluídos, que aconteceu simultaneamente, na manhã de ontem, em Curitiba e em São José dos Pinhais. A principal denúncia dos manifestantes e simpatizantes à causa, é a falta de interesse do governo estadual com as mais de 800 áreas irregulares na grande Curitiba.

continua após a publicidade

“É uma manifestação em nível nacional, são gritos dos menos favorecidos que lutam pela regulamentação da habitação e boa moradia nas regiões onde vivem”, conta o padre Jaime Schmitz.

O Grito dos Excluídos coincide há 14 anos com o feriado da independência do Brasil. “Nós realizamos o Grito dos Excluídos no dia sete de setembro justamente para dar a contraposição à independência econômica e ao capitalismo, que é fortemente tratado nesse dia. Os grandes desfiles, por exemplo, são concentrações longe dos problemas populares”, diz o integrante do programa Despejo Coletivo Zero, Pedro Carrano.

Luta

continua após a publicidade

Para a moradora do Itaqui, em São José dos Pinhais, Joseane de Oliveira Deninski, a região onde vive é carente em todos os serviços. “Queremos moradia digna, com luz, água, correio e tudo que uma casa em qualquer outro bairro possui. Estamos correndo atrás dos resultados, sempre lutando por nossos direitos”, ressalta.

Em Curitiba, o grito teve seu foco na questão do trabalho dos catadores de material reciclável. “Tivemos a mobilização com carrinheiros, moradores e estudantes”, explica a integrante da Pastoral do Migrante, Elizete Santana de Oliveira. Neste ano, o Grito dos Excluídos teve como tema: “Vida em primeiro lugar, com direitos e participação popular.”

continua após a publicidade