O presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (ABEF), Ricardo Gonçalves, anunciou uma queda nas exportações de carne de frango, entre janeiro e maio deste ano, em razão da gripe aviária que afeta países da Ásia, África e Europa. Ele informou que as vendas nesses cinco meses foram de U$ 1 bilhão (R$ 2,26 bilhões), contra US$ 1,7 bilhão (R$ 3,8 bilhões) no mesmo período do ano passado. Ele participa de audiência conjunta na Câmara para debater os riscos da influenza aviária para o Brasil.

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Ainda segundo ele, os preços da carne de frango pararam de cair nos últimos meses: o quilo foi negociado a US$ 1,03 em abril e a US$ 1,04 em maio. Gonçalves disse também que o impacto econômico e social no Brasil de uma possível epidemia é estimado em R$ 20 bilhões no setor de frango e em outros relacionados, como, por exemplo, o de milho. Para ele, "o desafio do Brasil não é a influenza aviária, mas a implementação do plano de prevenção em toda a sua extensão".

Mais recursos
Já o presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Zoé Silveira D’Ávila, defendeu a regionalização dos estados para protegê-los no caso do vírus da gripe aviária chegar ao País. "A regionalização é para que cada estado funcione como um país", disse. Ele fez um apelo aos deputados e senadores no sentido que trabalhem para que o governo federal compreenda que o setor precisa de mais recursos para se defender de uma possível epidemia.

Ariel Antônio Mendes, vice-presidente da UBA, citou ações que o setor privado vem tomando para se precaver de uma possível epidemia: reforço da biosseguridade de granjas, plano de prevenção e contingência, treinamento e capacitação de pessoal; readequação da produção/compartimentalização; e investimentos na área de processamento da carne.

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O encontro é promovido pela comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara; e a Comissão de Reforma Agrária do Senado. A audiência acontece no plenário 6 da Câmara.