Greves e Copa do Mundo afetaram a indústria em junho

Um conjunto de fatores, que inclui problemas técnicos com paralisação na indústria de petróleo, greves em montadoras, paralisações informais por causa da Copa do Mundo e um dia útil a menos, é a explicação dada hoje pelo IBGE para a queda de 1,7% da produção industrial brasileira em junho, na comparação a maio

O chefe da Coordenação de Indústria do IBGE, Silvio Sales, disse que "a dimensão da queda da produção industrial em junho sugere que houve mais do que uma acomodação em relação aos dados positivos de maio". Segundo Sales, os dados de sondagem da Confederação Nacional da Indústria mostraram níveis de estoque acima do esperado em junho, o que também pode ter influenciado o resultado negativo na produção no mês

Sales afirmou que não é possível estimar se a queda de junho foi pontual, mas adiantou que os dados da sondagem conjuntural da Fundação Getúlio Vargas, que mostraram uma utilização recorde de capacidade instalada em julho "podem abrir perspectiva de que todos esses fatores (negativos) estejam concentrados em junho".

A produção de bens de capital registrou queda de 1% em junho ante maio e recuo de 2% ante junho do ano passado, segundo o IBGE. Além de bens de capital, todas as categorias de uso pesquisadas registraram queda em junho ante maio: bens intermediários (-1,9%), bens de consumo duráveis (-1,1%) e bens de consumo não duráveis (-1%).

Na comparação com junho de 2005, houve queda, além de bens de capital, em bens intermediários (-0,5%) e bens de consumo duráveis (-4,3%). Os bens de consumo não duráveis aumentaram a produção em 1,6% nessa base de comparação.

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