O ministro da Previdência Social, Nelson Machado, classificou de "inadmissível" a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciada hoje em todo o País. De acordo com o ministro, a pasta foi pega de surpresa. "Não esperávamos por isso", disse. Os funcionários devem manter a paralisação por 72 horas.
De acordo com Machado, a Previdência não recebeu qualquer comunicado dos sindicatos. "Eles não fizeram pauta de reivindicações", reclamou o ministro, que disse ser "inaceitável" a desculpa da liderança do movimento para a paralisação. Os servidores reclamam o não cumprimento, pelo governo federal, de acordo assinado na greve de 2005. A categoria deveria ter recebido aumento entre 4% e 8% retroativo a fevereiro e de 3% a partir de março, como parte dos 47,11% de reajuste conquistado pela categoria em decisão judicial, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social. O plano de carreira também não foi ainda aprovado pelo governo.
"O governo está cumprindo integralmente a sua parte do acordo firmado no ano passado", assegurou o ministro. Ele adiantou que a Previdência cortará e descontará o ponto de cada servidor que faltar ao trabalho.
Na Capital de São Paulo, 13 das 26 agências de atendimento não funcionaram, uma atendeu parcialmente e 12 prestaram serviços normalmente. O índice de paralisação na cidade foi de 54%. Na Grande São Paulo, de um total de 15 unidades, 11 permaneceram fechadas e quatro prestaram seus serviços sem interrupção. Na região metropolitana, a adesão ao movimento de greve ficou em 73%. A paralisação no Estado de São Paulo atingiu 40%.
O INSS ressalta que as perícias médicas agendadas estão sendo realizadas mesmo nas agências que aderiram à paralisação. Já nas unidades com atendimento parcial, os serviços previamente agendados, como os protocolos de aposentadorias, pensões, entre outros, estão mantidos. Para obter informações sobre o funcionamento das unidades de atendimento nesse período, os usuários devem ligar para o PREVFone (0800-78-0191).