Manaus – A greve dos auditores fiscais da Receita Federal completou hoje (23) três semanas sem qualquer avanço significativo nas negociações entre os grevistas e o governo federal. "Nós fizemos várias reuniões no Ministério da Fazenda, todas elas infrutíferas", afirma o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Sindical), Carlos André Nogueira.

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"O Ministério da Fazenda não quis negociar absolutamente nada da nossa pauta e disse que a negociação é no Ministério do Planejamento. E lá até agora não fomos sequer recebidos. Na verdade, estamos desde novembro do ano passado tentando o diálogo com o governo, sem sucesso."

O ponto central da pauta de reivindicações da Unafisco é a tabela de remuneração salarial. Os auditores exigem um reajuste de 57,66% para a remuneração inicial, de 27,13% para os salários pagos ao final da carreira e de 50,73% para os servidores aposentados.

De acordo com um estudo do sindicato, intitulado "Subsídios para Campanha Salarial", esse seria o aumento mínimo necessário para recompor as perdas de poder aquisitivo que os servidores sofreram entre janeiro de 1995 e dezembro de 2005.

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Um levantamento realizado na última assembléia de greve (ocorrida no dia 18, quinta-feira) revelou que aproximadamente 70% da categoria está parada. "Nossas estratégias agora serão aumentar esse percentual; fazer uma articulação com as entidades empresariais, que sofrem os prejuízos da greve, e continuar a buscar apoio do Congresso Nacional", explicou Nogueira.

As assessorias de comunicação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Ministério da Fazenda informaram que os dois órgãos ainda não estão se pronunciando sobre o assunto.

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