Greve de professores universitários deve comprometer calendário escolar

O calendário escolar pode ficar comprometido se a greve dos professores das universidades federais continuar por mais dez dias. A afirmação foi feita pelo secretário executivo adjunto do Ministério da Educação (MEC), Ronaldo Teixeira, responsável pelas negociações com o comando de greve.

"O calendário poderá ser prejudicado, se nos próximos dez dias não tivermos uma negociação satisfatória. É o que não desejamos, considerando que, além dos professores e do próprio MEC, existe um terceiro ator nesta cena pública, que são os estudantes", disse o secretário.

Segundo ele, o governo já disponibilizou R$ 500 milhões para a categoria. A proposta do MEC abrange também a criação de um grupo de trabalho para reestruturação da carreira, a criação da classe de professor associado, aumento de 50% dos percentuais de titulação, aproximação do valor das gratificações entre ativos e inativos

De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a paralisação, que já dura mais de dois meses, atinge 40 universidades federais e mais de 65% dos professores. Já o MEC afirma que 31 das 61 instituições estão parcialmente em greve, e cerca de 30% estão fora das salas de aula.

Representantes do comando de greve e do MEC reúnem-se na quinta-feira (10) para mais uma rodada de negociação. As propostas apresentadas pelo ministério, nas reuniões anteriores, foram rejeitadas pelos professores.

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