Greve de auditores afeta indústrias e atrasa devolução do IR

A greve dos auditores fiscais iniciada no dia 2 pode atrasar a devolução do imposto de renda e já começa a afetar a produção de empresas que dependem de peças importadas, especialmente do setor eletroeletrônico. A Intelbrás maior fábrica de telefones e centrais telefônicas do País, já concedeu folga a partir de hoje para 150 dos 400 empregados da sua fábrica localizada em São José, na Grande Florianópolis (SC) e deve interromper a produção de telefones sem fio por falta de peças e placas de silício importadas da China pelo porto de Itajaí.

A produção da empresa será reduzida à metade e já há risco de desabastecimento, segundo o diretor industrial Otávio Ernesto. A empresa exporta para o Oriente Médio e África e lidera o mercado interno, com faturamento de R$ 20 milhões mensais. Se a greve durar até o fim do mês, o prejuízo pode chegar a R$ 10 milhões. Os 7 mil auditores fiscais do País farão assembléias amanhã, mas a Unafisco, que os representa, adianta que a greve deve ser mantida por tempo indeterminado.

"Sabemos que o movimento afeta a produção e vai atrasar a devolução do Imposto de Renda, mas exigimos o plano de carreira", afirma Silvana Mendes Campos, diretora da Unafisco. Segundo ela, a devolução do IR poderia ter começado dia 10. A Unafisco estima que o movimento tem a adesão de mais de 70% da categoria. Muitos dos portos e aeroportos afetados já vinham sendo prejudicados nas últimas semanas também pela greve da (Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O diretor industrial da Intelbrás afirma que a empresa já deixou de produzir nas últimas duas semanas 3,5 mil telefones sem fio, 5 mil telefones convencionais e mais de duas mil centráis telefônicas.

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