Greve da PF vai restringir os serviços à população

Depois de várias negociações, o Ministério da Justiça não aceitou as reivindicações da Polícia Federal, principalmente a que se refere ao reajuste salarial. A posição do ministério fez com que os presidentes dos 27 sindicatos dos policiais federais do País decidissem pela greve. A partir da próxima terça-feira, cerca de 5 mil policiais cruzam os braços e deixam de trabalhar.

Segundo o diretor jurídico da Federação Nacional dos Policiais Federais e presidente do sindicato paranaense, Naziazeno Florentino Santos Júnior, o principal motivo que acarretou a decisão foi o descaso do ministério nas negociações. “O Ministério da Justiça nos empurrou para a greve, pois quando viemos cobrar uma resposta, ouvimos simplesmente que o governo não tinha nada para nos oferecer e se quiséssemos parar com as atividades, a opção era nossa”, contou.

Na próxima segunda-feira, às 18h, os presidentes dos sindicatos irão realizar uma assembléia para avisar oficialmente os policiais federais da greve e repassar o que foi discutido em Brasília. Apesar da paralisação, alguns serviços feitos pela PF continuaram sendo realizados. A expedição de passaportes só será feita em casos de urgência e o plantão da superintendência e da carceragem será mantido. Os sindicalistas garantem ainda que os policiais continuarão obedecendo todas as ordens judiciais, como o acompanhamento no deslocamento de presos. “Só sabemos a data de início da greve. O fim da paralisação vai depender dos fatos que acontecerem no decorrer do período”, finalizou Florentino.

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