Greenpeace protesta contra liberação de milho transgênico

A organização não-governamental Greenpeace realiza hoje (12)atos de protesto em sete capitais contra a liberalização para plantio e consumo de diversas patentes de milho transgênico no Brasil, que poderão ser aprovadas nos dias 14 e 15 pela Comissão Técnica Brasileira de Biossegurança (CTNBio), emBrasília. As manifestações acontecem em Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
A coordenadora da Campanha de Engenharia Genética do Greenpeace, Gabriela Vuolo, disse que os protestos são em favor da biossegurança brasileira e buscam influenciar o voto dos 27 membros da CTNBio, conselho responsável pela avaliação da segurança dos alimentos transgênicos antes de serem aprovados para plantio e consumo.

É importante esclarecer que o Greenpeace não é contra os transgênicos em si, mas sim contra a liberação dos transgênicos no meio ambiente, disse Vuolo. Porque existem transgênicos que são utilizados em ambiente confinado, e quanto a isso não vemos problemas, porque existe todo um controle. Mas quando há a liberação no meio ambiente, é algo mais preocupante.

De acordo com a coordenadora do Greenpeace, a partir do momento em que os transgênicos são liberados no meio ambiente, não há qualquer tipo de controle. Eles são seres vivos, que espalham suas sementes e seu pólen, além de poderem cruzar com variedades tradicionais e causar um grande problema ambiental, alerta.

Gabriela Vuolo afirmou que o risco da liberação do milho transgênico é o de contaminar geneticamente as variedades tradicionais doproduto brasileiro. Isso coloca em risco toda a diversidade genéticabrasileira. O Brasil é um centro de diversidade do milho, e temos diversas variedades locais e tradicionais de milhos que foram sendo melhoradas e aprimoradas por agricultores ao longo de muitos anos. São variedades que se adaptaram ao clima e ao solo brasileiro, através do conhecimento tradicional dos agricultores, afirmou.

Além das manifestações públicas, que se estendem até o dia 15, representantes do Greenpeaceestarão em Brasília para acompanhar as decisões do CNTBio.

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